terça-feira, 30 de setembro de 2014

Em nossa casa

Em nossa casa a mais criativa não sou eu. Não, não creio que eu seja sequer a mais imaginativa. O R é mais que eu. Não que ele faça mantinhas, camas de bonecos ou roupa para a filha, nem sequer nunca o vi coser um botãozinho... 
Em vez disso, ele faz galinhas com o lego, monta castelos com as almofadas do sofá, constrói gincanas com os pinos do bowling e os carrinhos de bonecos da piolha, faz corridas com os bonecos lá sentados, dos paus faz espadas, dos rolos de papel higiénico telescópios, resumindo: as nossas noites a três podem ser muito divertidas.  
Claro que ela não quer dormir. A vida acordada é tão boa.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Dias

Hoje está a ser um dia complicado. Esta semana foi uma semana complicada, por vários pequenos motivos e nenhum muito grave. Sinto-me mais cansada do que o habitual, o que faz com que tenha que fazer um esforço suplementar para me concentrar nas coisas boas-bonitas-que-me-fazem-feliz na minha vida. 

Ontem, apanhamos cidreira para secar. 
 Limpámos a zona dos morangueiros e descobrimos pequenas flores.

O limoeiro continua a ter uma única flor mas já tem dois novos e minúsculos limões e uma perna a crescer de lado, cheia de folhas pequeninas e muitos picos. 


O caminho de pedras que o R começou para me fazer feliz e que vamos construindo aos poucos...

Banda Sonora de Hoje

Todas.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Muita rama e pouca cenoura...

Na terça foi dia de apanhar cenouras. 
Estava um sol maravilhoso por estas bandas apesar de ter chovido durante a manhã. Eu não vi, que estava em Lisboa, mas o cheiro da terra e a relva molhada diziam que sim, tinha chovido e muito. Ansiosas por aquele sol, fomos para o jardim desenterrar as cenouras. O R e a piolha tinham plantado umas quantas apesar de no ano passado a coisa não ter corrido muito bem. Este ano, também não fizemos nada macro porque o espaço também é micro mas garanto-vos que é mesmo giro desenterrar cenouras. É uma caça ao tesouro, nunca sabemos o que vamos achar debaixo de terra.
Tinham-me dito que uma rama grande e farta era sinal de que estavam grandes e boas para apanhar. Não no meu jardim... por vezes apareciam-me coisas minúsculas debaixo de uma rama grande, farta e claramente exibicionista. É a tal coisa: "muita parra para pouca uva" ou, neste caso, muita rama para pouca cenoura...
Divertido mesmo assim e o cheiro das cenouras quando saem da terra é surpreendentemente forte, já o ano passado me admirei com isso e este ano não foi diferente.


Gosto tanto de fazer estes títulos. Fico sempre a pensar no que cada um imagina ao lê-los....;-)

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Banda sonora de hoje


Ouvir uma vez. 
Ouvir outra vez. 
Beber um café. 
Retomar o trabalho. 

Enxoval quase completo...

No fim de semana consegui, entre uma coisa e outra, fazer o lençol e uma almofada para a nova cama de bonecos da piolha. Claro, que ainda mal a tinha terminado e já ela andava de roda das minhas pernas a pedir para ver. A miúda não é muito paciente, sai à mãezinha. 
Foi daquelas coisas que não correu da melhor maneira (e aqui estou a ver o copo meio cheio). Um projecto pequeno, como este, e que devia demorar quase nada a fazer, demorou quase uma hora porque tive que desmanchar a almofada depois de a ter cosido toda e depois de também já ter desmanchado uma costura do lençol. Se há coisa que eu já devia ter aprendido é que, quando estamos cansados e fazemos um erro parvo, não devemos INSISTIR! Largar tudo e voltar mais tarde é o melhor mas a par da falta de paciência está a minha herdada teimosia. Portanto, adivinhem... eu insisti. Percalços à parte, gosto muito do resultado e a piolha ainda mais. 
Usei o resto da renda deste vestido e tecido de um lençol velho e gigantesco que a minha mãe me deu... um tecido tão usado que já nem me recordo de todos os muitos usos que lhe dei. 



terça-feira, 23 de setembro de 2014

Um bolo de mel

Ontem fiz um bolo de mel. 
Estava com saudades da minha infância, dias de muita chuva deixam-me invariavelmente nostálgica e com vontade de coisas quentes. Andava há umas duas semanas a pensar no bolo de mel que a minha avó fazia quando eu era pequena. Lembro-me que era um bolo maravilhoso, cheirava a mel de uma forma inebriante e não era possível comer só um pedacinho. Era tão bom que, quando o meu pai estava a viver na Bélgica, a minha avó fazia um bolo para eu lhe levar. E eu, levava um bolo inteiro no colo durante umas três horas só para ele ser o primeiro a tirar uma fatia. Hoje, dou graças por irmos de avião, o que representava umas três horas a engolir saliva desenfreadamente, em vez de umas quase trinta das viagens de camioneta... 
Confesso que não sou muito boa a seguir receitas. Mais uma vez foi uma adaptação desta que encontrei e que dá para fazer na minha amiga bimbólica. Os dela ficavam grandes, lindos e não saiam para fora da forma, nem ficavam com aspecto de ter caído ao chão como este. Sou uma amadora. Demasiada massa para a forma. Ficou bom mas não é o bolo da minha avó.
Esse, a memória garante-me que era o melhor do mundo.

 

Chá de erva Lúcia-lima. Outro cheiro maravilhoso. 


domingo, 21 de setembro de 2014

Truques e dicas: bainhas pequenas...

Fazer costuras pequenas, bem pequenas, com meio centímetro por exemplo,  não é uma das coisas mais fáceis de se fazer. Quando comecei, usava o ferro de passar para conseguir fazer uma dobra pequena mas a verdade é que nem sempre a coisa ficava muito direitinha. Pesquisei e procurei e encontrei várias formas de o fazer mas a minha favorita é aquela que descrevo abaixo. (Esta também me parece muito boa e qualquer dia experimento...)




sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Sexta-feira, 8.43, quero a minha cama...


Colchão de morangos para a cama dos bonecos...

Ontem, na minha famosa hora, comecei a fazer um colchão para a cama de bonecas da piolha.
A minha sogra ofereceu-lhe uma cama de metal pequena para ela pôr os bonecos a dormir. Eu gostei mais da cama que ela, confesso. Já foi há umas semanas mas tanta coisa se mete pelo meio que acabei por não ter tempo para fazer daquela cama uma cama. 
Eu já tinha uma ideia do que queria, imaginei um daqueles colchões como havia antigamente, como o dos meus avós, que era de palha mas que me lembro de ser bem bonito. Eu podia ter simplificado a coisa, bastava ter feito um género de "almofada" grande mas, como queria usar estes dois tecidos (morangos e riscas), fui pelo caminho mais comprido. Só depois do jantar consegui coser os botões à mão enquanto uma piolha, muito ansiosa, se agarrava à minha perna porque queria o colchão já! Os botões foram um achado, comprei uns 20 iguais por uma pechincha. Quem é que resiste a pechinchas? 
Acho que valeu a pena. 
Agora falta um lençol, uma almofada e uma mantinha... vem ai o inverno! ;-)





quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Uma hora

Uma hora "livre" antes de ir buscar a piolha à escola. Iupiiii. Sim sim, eu sei.... E aqui vem a desfilar a minha "consciência" de mãe, aquela que ainda há uns dias estava cheia de saudades da filha e que decidiu vir para aqui lamuriar-se. É assim a vida, já nem digo a maternidade (ou paternidade).
Mas, a verdade, é que uma não anula a outra. O facto de gozar e aproveitar o tempo que dedico a mim mesma, não faz com que a ame menos ou de maneira diferente. Faz, simplesmente, com que eu me ame mais, que fique mais saudável da cabecinha e que por conseguinte não ande frustrada a ponto de perder a cabeça com qualquer coisa de treta.
E é assim que vou aproveitar esta hora: com um grande, gigantesco, enorme e maravilho chocolate quente e uns tecidos fantásticos que comprei nesta loja, Aline in Wonderland. (Loja que, dou graças a Deus, é em  Ovar porque, caso contrário, eu desgraçava-me!)
Um deles vai já ser cortado de seguida, adivinham qual? 



Um dia mau pode ficar pior...



quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Lavandula angustifolia hidcote

Lavandula angustifolia hidcote é o nesta desta planta. Tenho outra no jardim, a lavandula dentata, a fisionomia é semelhante mas têm diferenças tanto na folha como na flor.
Esta, a angustifolia, tem uma cor mais mortiça (a maior parte do tempo) mas um cheiro bem mais forte e característico. É perfeita para fazer saquinhos de cheiro e agora está no ponto para ser apanhada e armazenada para futuro uso. A casa fica a cheirar bem, as minhas mãos também e, para mim, este cheiro está associado aquela sensação de relax das massagens com óleo de lavandula. Sou uma fã dessas também. Que bom... 

terça-feira, 16 de setembro de 2014

BSH, o Tom...

Porque me faz lembrar as viagens de carro com o meu pai, a minha infância, as calças justas à boca de sino que o meu pai usava e com as quais, anos mais tarde, ainda gozamos. Porque vê-lo a dançar, com aquele cabelo e aquela camisa, põe-me um sorriso na cara. 

O Nabo Gigante

Não estou a falar de ninguém que conheça. Embora, verdade seja dita, conheça uns quantos nabos.
O Nabo Gigante é o titulo de um livro, um livro que a minha piolha já ouviu contar umas boas dezenas de vezes, arrisco mesmo dizer que já chegámos à centena... 
Lembrei-me dele porque, hoje de manhã, falámos sobre os livros que a Miss Caracolinhos já estragou. Até à data, estragou um único livro. Acho que é um um bom número, principalmente para ela que vive rodeada deles e que já é a orgulhosa detentora de uma quantidade considerável de livros e livrinhos. (Livrinhos caem naquela categoria de pintar, colar, autocolantes e afins que na minha opinião, completamente elitista, não são bem livros...) 
Embora só tenha estragado um, já rasgou um pouco uma página deste livro (mas, talvez, tal tenha sido mais por força do uso que outra coisa). Nada que fita-cola não resolvesse com relativa facilidade. Ela adora este livro e só porque insiste em virar as páginas para "ler" sozinha - Agora sou eu, mãe!!! - é que estas se dão. É maravilhoso encontrar este tipo de livro que conjuga tudo, uma boa e divertida história com umas ilustrações fantásticas. Sou muito fã do pincel e acho sempre esse tipo de livros os mais bonitos, bastante parcial, confesso... :-)
(Ver aqui)


sábado, 13 de setembro de 2014

Aviso: Mais fotos de flores, cogumelos e abóboras

Nós temos uma casa com jardim. São meia dúzia de metros de relva, com meia dúzia de coisas que plantamos conforme vamos tendo tempo e sempre com mais meia dúzia de dúvidas se estamos a fazer as coisas como deve ser. 
Ler os livros não basta, há que saber e perceber como a natureza funciona e para isso os livros não preparam, dão uma ideia. Nós lemos uns quantos na vã esperança que fosse uma boa solução para a nossa ignorância de anos de vida na cidade com varandas de plantas a morrer à sede. Depois, percebemos que os conselhos da Dona Maria produzem melhores resultados. Por isso, guardámos os livros e quando uma planta começa a definhar vamos ter com ela. 
É verdadeiramente engraçada esta relação que se estabelece com meia dúzia de metros de terra. De tudo lhe chamamos. A maioria das vezes chamo-lhe jardim (nos meus sonhos é) mas também lhe chamamos quintal, terra e, hoje, quando o R se saiu com terreno não consegui evitar dar uma gargalhada. A  medida dos nossos sonhos e a realidade que para nós criamos, vê-se aqui, na terminologia que usamos para meia dúzia de metros de terra. 
Agora, no sentido que a palavra tem, a piolha corre atrás do pai em cima da relva. Somos felizes no jardim-quintal-terra-terreno. 






sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Antes e Depois

Quando era pequena usava muitas vezes roupa que já tinha sido usada pela minha prima V. Apesar de eu ser cinco meses mais velha, ela era maior que eu (em altura, fique a nota que ela não me perdoava de outra forma). Por isso para mim é fácil, e lógico, aceitar a roupa que as minhas amigas e familiares me dão em segunda mão para a minha piolha. Por norma, faço uma triagem e algumas coisas dou, outras são para ela usar e estragar (de joelhos no jardim), outras vão para a sua indumentária habitual mas ainda há aquelas, como esta peça, que vão para reciclar.  
Isto de olhar para uma coisa e imaginar o que se pode fazer com ela para além daquilo que é a sua utilização óbvia, é uma arte que se treina. Esta não foi uma transformação extraordinária ou complicada mas, se fosse há um ano, esta seria uma peça que ia para dar. Aquele verde não combina comigo, nem com ela. Somos muito branquinhas. 

Antes.

Depois

O meu detalhe favorito.


Do meu dia


Banda sonora para hoje...


quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Arquivo Pessoa


"Vivo sempre no presente. O futuro, não o conheço. O passado, já o não tenho. Pesa-me um como a possibilidade de tudo, o outro como a realidade de nada."

http://arquivopessoa.net/textos/2512


Na entrada e no jardim

À esquerda. Manjericos e Physalis.

À direita. Abóboras. 

 No jardim. Tomates. Cidreira. Espinafres selvagens.