segunda-feira, 30 de junho de 2014

Quero

Há dias em que me assusto com o mundo. Nesses dias, apetece-me esconder a cabeça e fingir que não estou a ver. Pode ser que passe depressa por mim, neste meu canto do mundo, sem fazer dano. Infelizmente, ou felizmente, não consigo fazê-lo. 
As minhas convicções e princípios são fortes, o meu coração já aprendeu a sofrer e a sarar por isso assusto-me principalmente pela minha filha. 
Quero que ela seja forte, quero que o amor que lhe dou estimule as raízes das sua autonomia e independência. Quero que ela aprenda a sofrer com a vida e que isso não a derrube. Quero que saiba que o meu colo será sempre seu, tenha ela 5 ou 50. Quero que aprenda a ver a beleza em todas as manhãs. Quero que ela saiba que dentro dela existe uma luz de integridade, generosidade, bondade e amor que ela não pode deixar que ninguém amachuque, manche ou escureça. Quero que ela respeite todos os seres humanos, animais e plantas, toda a vida que existe, todos os seres e exija o mesmo para si. Quero que ela saiba que o mar pode ser vermelho, que a areia pode ser preta, que não precisa de beber o leite todo, que pode sujar a roupa, usar o bacio só quando lhe apetecer, que não tem de deixar de sonhar com luas cheias e deixar de ler livros todas as manhãs, que aprender é uma viagem maravilhosa, que todos somos diferentes e aprendemos de formas, maneiras e ritmos diferentes, que não precisamos de ser obedientes e fazer como todos fazem, que na escola se fazem amigos.

Quero que ela saiba que não existe amor a mais, só a menos. O meu será sempre dela. 



Do fim de semana

O meu sobrinho, o Simão, fez dois anos no sábado.
Fizemos uma festa. 
Fomos passar o fim de semana com os avós. 
Deixámos que cuidassem de nós. 
Tivemos direito a tanto e demos tanto de volta. 
Voltámos cansadas mas de coração tão cheio de tudo o que é mais importante. 
O céu azul.
Feijão-verde a crescer.
As mãos encarquilhadas do meu pai que ainda me afagam a cara com tanto amor. Amor meu, amor dele, amor nosso.
Amoras. 
As amoras a desaparecer.
Apanhar batatas com os avós. 
Descobrir novas flores.
Os porquinhos.
Beldroegas para o almoço.











sábado, 28 de junho de 2014

Going out

Vamos passar uma noite fora.
Uma ÚNICA noite fora e parece que vamos estar fora um mês. Ou pelo menos eu, sozinha, levaria o mesmo para um mês. 
Ohh mãezinha...espera ai, agora essa sou eu! :-)
Bom fim de semana a todos!

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Banda sonora de hoje

Ouvi ontem esta música. Estou viciada nela. Será possível?
Não sei que me faz.
O título é Arrival of the birds and transformation
Os birds nem vê-los mas a transformation sim senhor, acontece. Começo a sentir-me cheia de alegria e feliz e acabo quase a chorar. Uma transformação. 


E volta a túnica que não é túnica

Em Janeiro fiz para a piolha o que na altura chamei de uma túnica. Em Janeiro. Ela usou-a hoje pela primeira vez. 
Sou uma mãe prevenida... Não, na verdade sou uma mãe que faz a roupa para a filha sempre uns centímetros acima daquilo que ela veste. Mas esta túnica que não é túnica, hoje, ficou-lhe a matar. 
A miúda é tão esperta (sai ao pai) que até tirou as fotos sozinha! (estou a brincar mas as primeiras parecem mesmo umas selfies, ou não?)



quinta-feira, 26 de junho de 2014

Vista do céu

Um dos meus livros de fotografia de todos os tempos é este, La terre vue du ciel. 
Não há como vermos o mundo de longe e depois de perto para percebermos como a vida nasce, cresce e se expande, como somos uns felizardos de fazermos parte de um sítio tão magnifico. O mundo é tão grande e tão rico em cor, texturas e cheiros. 
Cada vez mais tento sempre olhar a vida e a natureza, a cor e o som do vento nas árvores. O que a terra e a vida tem para me ensinar eu agradeço de olhos abertos e prestando atenção.  
De longe. 

Mais perto.

Ainda mais perto.





Banda sonora de hoje

Quero uns sapatinhos destes. 
Aposto que os conseguimos ver no escuro. 

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Ananás, gengibre e hortelã

500 g de Ananás
1 colher de chá de gengibre em pó
5 folhas de hortelã
80 g de açúcar amarelo
1,5 litros de água

Tritura-se tudo na bimbólica ou outra maquineta do género. Junta-se água e o açúcar amarelo (também deve ficar bom com agave ou mel). 
Fica uma delicia fresquinho. Mas sabem qual é a melhor parte?
Tem duas palhinhas, dá para partilhar.



Cogumelos e uma lição

Este mês tem sido muito prolífico em costura. 
Um vestido para mim, uma carteira para mim, dois vestidos para a Miss Caracolinhos. Primeiro foram papoilas, agora são cogumelos e morangos. 
Este tecido comprei o ano passado, assim que comecei a sonhar com a roupa que ia fazer para a minha filha. Ela era tão pequenina (ainda é) que só me apetecia comprar tecidos com desenhos pequeninos e bem simples, tecidos leves e fresquinhos, de algodão. 
Finalmente chegou a vez deste tecido brilhar. Usei uma fita de viés amarela linda para contrastar e fazer os contornos e alças, simplifica muito a vida. Apetecia-me fazer alguma coisa rápida e prática para o verão. (Sim, olhando para os dias que temos tido estou a ser uma optimista.) 
Mas como a coisa estava a ser demasiado fácil resolvi fazer uns bolsos neste vestido. Fui pesquisar como se fazia tal coisa, isto de aprender sozinha tem muito que se lhe diga, é mesmo uma aprendizagem feita na base da tentativa-erro. 
Colocar os bolsos foi fácil, confesso. Eu estava optimista, confiante. Banho de água fria... os bolsos estão alinhados, ficaram bem cosidos mas a minha filha apesar do pequena que é não, vai lá conseguir meter a mão, fiz o bolso com o tamanho certo mas com uma abertura demasiado pequena. Ela até consegue lá pôr coisas, não vai é consegui tirá-las! O que no caso de uma miúda de 2 anitos não é uma boa ideia, o mais provável é isso derivar em frustração e o que se segue é uma birra. E ai, este passa a ser o vestido das birras e não o vestido dos cogumelos!
Vamos a elas, as fotos, os bolsos logo penso nisso. 


 A girafa saiu com ajuda. :-)



terça-feira, 24 de junho de 2014

Inspiration

Criatividade é um poderoso estimulante na minha vida.
Isso e café.
Duas ideias tão simples que até dói.
Ver aqui versão mais moderna e tão gira!

Simples. Dá mesmo vontade de fazer uma. Ou duas. Ver aqui.

Banda sonora de hoje

A love story... 

segunda-feira, 23 de junho de 2014

How it ends

Banda sonora de hoje!
Just ask and you'll receive, beyond your wildest dreams.

Um mulher prática

Eu sou uma mulher prática. 
O carro é para nos levar de um lado a outro, na mesa é para se comer, as cadeiras são para sentar, a cama é para dormir. Claro que dotada de imaginação como sou, ocasionalmente encontro outros usos para os objectos acima referidos. Só ocasionalmente. 
Agora digam-me lá porque é que eu levo a piolha para o quarto como todos os dias, me sento com ela ao colo como todos os dias, embalo-a exactamente com o mesmo movimento oscilatório que faço todos os dias e que a mim dá sono passado 10 minutos, e quase uma hora depois ela continua desperta? Porquê? Porquê?... 
Eu sou uma mulher prática. 
Não me chateia mudar-lhe a roupa quatro vezes ao dia porque ela fica toda molhada, suja ou cheia de lama. Não me chateia tropeçar no pinguim, no macaco e na girafa largados no chão do corredor. Não me chateia que a cozinha dela esteja na sala ou que eu finja 30 vezes comer a mesma papa de nada que ela insiste em dar-me e que faz na cozinha que está no meio da sala (já tinha disto isto?). Não me chateia que todas as folhas brancas sejam para desenhar e que cá em casa o comando seja dela. Não me chateia que ela queira a mesma história durante uma semana e que existam autocolantes pela casa toda. 
Nevertheless, eu sou uma mulher prática.
Chateia-me que o relógio interno dela esteja tão apurado que se eu, enquanto mãe espertalhona que sou, a levo para a cama meia horita mais cedo, ela adormeça exactamente à mesma hora que adormeceria se fosse meia horita mais tarde. 
Agora digam lá, sou eu que sou burra ou é a miúda que é esperta? 

domingo, 22 de junho de 2014

sábado, 21 de junho de 2014

Exibicionismo

e·xi·bi·ci·o·nis·mo |z| 
(latim exhibitio-onisexibição + -ismo)
substantivo masculino
1. Mania de ostentação.
2. Impulso patológico para se despir ou exibir os órgãos genitais.

"exibicionismo", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa 

Bem, fiquemos só pela primeira definição. Pode ser? Lamento mas não sou uma caso extremo de exibicionista. Não chego a abranger a totalidade da definição acima e portanto não haverá muito mais que um vestido feito por mim (sim, sim, sim, por mim!), meia perna e uns braços perfeitamente normais nas fotos abaixo. Ah e um bocadinho de umas costas cheias de sardas. Já não é mau...
Adorei fazer este vestido. Se disser que sonhei com ele acreditam? É a verdade. Sonhei como o ia fazer e no dia seguinte comecei por fazer o molde com base num top meu. Depois, foi aos poucos. Mais um ajuste, mais uma costura, mais um laço. O rebordo em vermelho, as flores de lado, as costas abertas. São os detalhes que me enchem o olho, alimentam o ego e que o tornam ainda mais bonito. 
E claro os meus red shoes favoritos, os meus sapatos Dorothy, para combinar. 



Happy me!


Obrigada Pipa pelas fotos e pela paciência.  

a PRETO e BRANCO

Porque a vida tem uma cor muito própria. 
Porque desta vez, a felicidade destes momentos não pode ser a cor, tem de ser preto no branco. Porque me sinto verdadeiramente grata por estes pés tão perfeitos, por estes caracóis desalinhados, por este ritual de limpeza que presencio com um sorriso. 


Camuflados

Caracóis, fim de tarde. Camuflados....

quinta-feira, 19 de junho de 2014

*****


«É somente quando estamos perdidos [...] que começamos a encontrar-nos, que compreendemos onde estamos e a extensão infinita das nossas relações.»

H. D. Thoreau

terça-feira, 17 de junho de 2014

Texto Censurado

Mais uma vez. Mais uma conversa. Foi sempre assim, tem sido sempre assim. Falamos muito, vemos os ângulos todos do quadro, estudamos os seus contornos. Dá-nos uma falsa sensação de que estamos em controlo das nossas decisões.
Agora não paro de pensar nisso. A frase - eu estou pronto - não me sai da cabeça. E eu? Será que eu estou pronta?
Tenho medo. O medo que antecede o salto ou o arranque da montanha russa. Tenho os pés na ponta da pedra, olho para baixo e quero saltar mas ainda não consigo. Tens que me dar a mão. 
E promete. Jura. 

Banda sonora de hoje

Cada vez que oiço esta música apetece-me dançar assim, exactamente assim. 
Saltar e cantar a plenos pulmões, deixar o corpo vibrar com o que esta música me dá. 


segunda-feira, 16 de junho de 2014

Livrinhos em stock

Sábado fomos à feira do livro. O R foi trabalhar um bocadinho e eu fui gastar o dinheiro que ele esteve a trabalhar para ganhar. Mas não me julguem já que eu também comprei uns livritos para a filha, não foram todos para mim. 
Agora garanto-vos uma coisa, há ressaca de livros. Eu senti-me completamente desnorteada, sem saber o que escolher e querendo de tudo provar, exactamente como quando estou de frente para uma loja de gelados. Fez agora um ano que deixei a minha vida de construtora de puzzles com livros e eu que não queria outro perfume que o das páginas de um qualquer livro, senti-me morta de saudades no meio deles. Estes vieram para casa com o apoio do nosso maior patrocinador, R. 

Um vestido de papoilas

Finalmente consegui fazer um vestido para a piolha. Usei um tecido lindo que já tinha usado aqui para uma bolsa para mim e que além de bonito é muito confortável e fresquinho. 
O vestido foi fácil de fazer, o difícil foi parar a piolha eléctrica cá de casa para lhe tirar umas fotos giras. Conta a meu favor o facto de ela ser linda, caso contrario o vestido não teria metade da piada. 



domingo, 15 de junho de 2014

O detalhe

Sexta de manhã fomos passear nos montes que rodeiam a nossa casa branca no meio do verde. O calor começava a fazer-se sentir mas o cheiro da terra e das flores estava a chamar por nós. Fomos. Viemos de mãos cheias. Flores e oregãos.
Ao molho.
O detalhe.






sábado, 14 de junho de 2014

DiY - Caixa reciclada com tecido

Aos poucos vou amontoando tecidos, botões, fitas, alfinetes, tesouras, projectos, etc. Uma infinidade de cores e padrões garridas que enche um espaço de paredes brancas, cadeira branca, secretária branca. 
Sempre fui uma mulher de contrastes. 
Para manter algum tipo de organização, porque preciso de o fazer, uso caixas de cartão, frascos de vidro, cestos de palha, seja o que for que eu goste e fique bonito porque a beleza, num espaço onde se trabalha e se é criativo, é uma condicionante.   
Esta caixa trazia umas lindas chávenas de café do Gato Preto (prenda do dia da mãe), é branca, cheia de divisórias e tem o tamanho ideal para caber na minha prateleira (adivinhem) branca. As razões certas para ser reciclada e feliz para sempre. 
São lindas e ficam tão bem cheiinhas de café.
Voltando à caixa, usei um tecido autocolante que comprei na At Home Hobby e que adoro. Foi fácil, rápido e de satisfação imediata. Aquele tipo de projectos que demoram poucos minutos e ficamos com uma sensação óptima de ter feito algo giro e útil. 
Usei cola branca + caixa + tecido autocolante.