O meu avô usava lenços de mão todos os dias. Usava lenços de tecido, não lenços de papel. Lenços que ainda hoje duram, que mesmo depois de ele já não os usar continuam à espera de ser usados, numa gaveta guardados.
Adoro essa memória, a memória dos lenços do meu avô, a memória do meu avô com os seus lenços. Ando muito saudosista com a aproximação de uma nova vida que chega, eu sei.
Quando a minha mãe abriu a gaveta dos lenços dela e me disse para escolher o que quisesse, eu peguei numa série deles sem nenhum pudor. Trouxe-os comigo, nem sei bem para que fins mas não quero perdê-los.
Não sei como mas quero novas memórias.
Quero criar novas memórias.
Também tenho lenços assim, brancos com bordados, assim no género do primeiro da fotografia, que não uso, mas também guardo. A mim fazem-me lembrar a minha avó materna, que trazia sempre um, com umas gotas de água de rosas, na mala :-) Acho que é isso que eles têm de especial, as memórias...
ResponderEliminarahh Esse cheiro, água de rosas, ainda hoje gosto tanto apesar de a maioria que se encontra hoje em dia já parecer muito artificial para o meu olfacto.
EliminarAdoro! Os da minha infância são brancos com bordados delicados - perco-me á procura de iguais nas velhas retrosarias, mas falta-lhes algo ;)
ResponderEliminar:-) falta-lhes história Ana. <3
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