No jardim pequenos milagres acontecem todos os dias.
Parece incrível como coisas tão simples como apanhar umas framboesas (poucas mesmo que a planta é nova e tem pouco juízo), estender uma manta num pedacinho de relva para contar as nuvens e apanhar banhos de sombra com a pequena mais velha, ver quantos girassóis já abriram ou mesmo inspecionar os fisális pela 34506125413 vez para ver se já está algum maduro, podem trazer tanta alegria a esta mulher.
Se, há um ano ou dois, me perguntassem qual era a minha cor favorita, a resposta seria imediata. Hoje, não sei bem dizer se é o verde da árvores que vejo da janela enquanto escrevo isto, se o branco da camomila que cresce no meu jardim, se o amarelo destes girassóis, se o vermelho dos morangos ou o laranja das nêsperas, o lilás da lavanda ou o rosa das hortênsias mas sei que sou perdida pelo azul do céu.
Somos nós que mudamos ou é a vida que nos muda?